Jubileu das Irmandades, obra de arte oficial apresentada ao Dicastério
O Jubileu das Irmandades tem a sua obra artística oficial. A pintura foi doada ao Dicastério para a Evangelização pelos patronos andaluzes da Grande Procissão das Imagens Sagradas, pelas ruas de Roma, que terá lugar a 17 de maio de 2025, por ocasião do Jubileu das Irmandades, de 16 a 18 de maio. O autor espanhol, Raùl Berzosa, quis incluir na sua obra todas as representações sagradas que participarão na excecional Procissão de maio.
O significado intrínseco da obra é sublinhar o reconhecimento por parte da Igreja do papel relevante das Confrarias na atualidade, sem esquecer a crescente importância da religiosidade popular e a importância do trabalho de evangelização através das procissões.
A obra foi realizada por Berzosa, pintor malaguenho, com a técnica de óleo sobre tela, e mede 100 x 162 cm. O centro da composição é ocupado pela imagem de São Pedro. É uma representação da famosa escultura de bronze da Basílica de São Pedro no Vaticano, com o seu trono de mármore, e tem uma grande força devido aos tons escuros do bronze. Por detrás, um círculo inclui imagens dos protagonistas do Jubileu.
As imagens principais, provenientes de Espanha e protagonistas da Grande Procissão de Roma 2025, são a Maria Santíssima da Esperança, de Málaga, à esquerda, e o Santíssimo Cristo da Expiração, de Sevilha, à direita. Num nível inferior, estão também representadas as outras imagens: de Espanha, Nuestro Padre Jesús Nazareno de León, de Itália, a Madonna Addolorata de Enna, o Cristo del Crocifisso Ligure e a imagem de Sant'Anna de' Parafrenieri. De França, o Cristo del Crocifisso le Dévot de Perpignan e de Portugal, o Santísimo Sacramento de Mafra. O círculo é encimado no centro pela cúpula de São Pedro, símbolo da Igreja Católica, e nos lados pela colunata de Bernini, de modo que a Igreja parece abraçar as confrarias.
À volta do quadro, uma série de linhas que funcionam como moldura fazem referência simbólica à Porta Santa e, por detrás dela, o círculo encerra a imagem do Espírito Santo, retirada do vitral da Catedral de S. Pedro. Esta relação do Espírito Santo com a Esperança foi reafirmada pelo Papa Francisco quando, durante a Audiência Geral de 31 de maio de 2017, disse que «o Espírito Santo sopra e move a Igreja, caminha com ela, por isso, tal como a Escritura compara a esperança a uma âncora, que segura o barco no meio das ondas, também podemos compará-la a uma vela que recolhe aquele vento do Espírito para impulsionar o nosso barco».
Na parte inferior do círculo encontram-se dois elementos importantes: à esquerda, o Coliseu, local onde se inicia a grande procissão das diferentes imagens, e à direita, a Porta Santa de São Pedro, no Vaticano. Por isso, a cor laranja, que simula as chamas que emanam do Espírito Santo, e o verde da Esperança envolvem os Titulares das diversas confrarias, em referência à frase que o Papa escreveu na Carta que confiou a organização do Jubileu a D. Rino Fisichella: «Devemos manter acesa a chama da esperança que nos foi dada», em referência ao lema do Jubileu, “Peregrinos de Esperança”.
A parte inferior é dominada por tons claros, em contraste com a parte superior, mais ocre, cinzenta e esverdeada, e sobre o fundo branco da parte inferior encontra-se o texto “Jubileu
das Irmandades”. O centro da parte inferior é ocupado pelo brasão de armas do Papa Francisco, junto à âncora da Esperança.
Já é possível inscrever-se no Jubileu das Irmandades através do link https://www.iubilaeum2025.va/pt/pellegrinaggio/calendario-giubileo/GrandiEventi/Giubileo-delle-Confraternite.html